sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Santificação

Wayne Grudem, define santificação como “uma obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente”.

Diferença entre Justificação e a Santificação:

JUSTIFICAÇÃO
SANTIFICAÇÃO
Posição legalCondição interna
De uma vez por todasContinua por toda a vida
Obra inteiramente de DeusNós cooperamos
Perfeita nessa vidaNão é perfeita nessa vida
A mesma em todos os crentesMaior em alguns do que em outros

A santificação é algo que continua por toda a nossa vida. E somos encorajados pelo NT a dar atenção e demonstrar zelo por ela.

O Significado de Termos

A palavra “santificação” é a tradução da palavra grega “hagiasmos”. O verbo grego é “hagiazo”. Essa palavra é traduzida NT as vezes como “santificação” e as vezes traduzido como “santidade”.
Outro termo grego é hagios” que é uma palavra grega derivada de “hagiazo” e é usada tanto como adjetivo como substantivo. Como adjetivo ocorre noventa e três vezes juntamente com “pneuma” (Espírito) para designar o Espírito Santo. Em sessenta e oito outros casos é usada como adjetivo e traduz “santo”. Como substantivo é traduzida duas vezes como “santíssimo”; uma vez como “o mais santo de todos”; quatro vezes “O Santo”; três vezes “lugar santo”; uma vez “coisa santa”; três vezes “santuário” e “santo” ou “santos” sessenta e duas vezes.
Portanto o significado de “hagiasmo” e “hagios” procede de “hagiazo”, segundo o próprio uso deles. Significando “dar ou reconhecer por venerável, honrar, separar de coisas profanas e dedicar a Deus, consagrar; purificar”.

Como é Realizada a Santificação?

Deus, sem dúvida, é o autor dela. Ele é o autor de toda a boa coisa. Ele nos elegeu para ela. Ele a ideou e planeou.

O Espírito Santo é o agente de Deus na realização da santificação: Veja 1 Coríntios 6.11; 2 Tessalonicenses 2.13 e 1 Pedro 1.2. O Espírito Santo realiza a nossa santificação nos guiando (Rm 8.14), transformando (Rm 12.2; 2 Co 2.18), fortificando (Ef 3.16) e nos fazendo frutíferos (Gl 5.22,23).

A morte de Cristo é à base da obra do Espírito Santo. A morte de Cristo provê a base para toda obra do Espírito Santo.
É pela fé que a instrumentalidade da Palavra se faz eficiente (Atos 26.18). A fé é ao mesmo tempo o resultado da obra santificadora do Espírito e o meio principal para Sua obra santificadora. A fé é o meio pelo qual a alma se purifica (Atos 15.9; 1 Pd 1.22). Isso é verdade porque a “fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10.17). Isso está provado por todas as passagens que ensinam que a verdade promove obediência, previne e purifica do pecado, faz-nos odiar o pecado e crescer na graça (Salmo 119.9, 11, 34, 43, 44, 50, 93, 104; Hb 5.12-14; 1 Pd. 2.2).

Nossas próprias obras são também um meio para nossa presente santificação. O exercício físico é necessário para o fortalecimento do corpo, pois ao praticar exercícios o apetite por alimentos é aumentado, com os alimentos recebemos nutrição, a qual produz crescimento. O exercício espiritual desenvolve apetite para a Palavra de Deus, da qual recebemos nutrimento espiritual que produz crescimento na graça (Rm 6.19).


Entre outros meios menos diretos em nossa presente santificação nomeiem-se a oração, o ministério ordenado de Deus (Ef 4.11,12), frequência à igreja e associação com crentes em capacidade comunal, observância das ordenanças do batismo e da Ceia do Senhor, a observância do dia do Senhor e a disciplinas e as providências de Deus. Todas essas coisas ajudam em nossa presente santificação, não por causa de qualquer virtude intrínseca de si mesmas, mas somente como de um ou outro meio, pois nos coloca em contato com a verdade divina, iluminam nossas mentes em relação a ela e trazem-nos a uma apreciação mais elevada dela e mais completa obediência a ela. É somente dessa maneira que o batismo e a Ceia do Senhor contribuem para a nossa presente santificação. Não são sacramentos e muito menos sacramentos concessores de graças. A graça recebida por meio das ordenanças não é recebida ex opere operato – do mero ato de observância. 

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